Já alguns dias que ouvia alguém dizer “cada um com os seus problemas”. Ontem esse mesmo alguém referiu “com os problemas dos outros posso eu bem” e entristeci-me muito. Entristeci-me porque se essa pessoa me tivesse pedido ajuda, eu teria oferecido a minha ajuda dando-lhe também parte da minha amizade. Entristeci‑me porque muito facilmente teria sarado o seu desespero e ela já não se sentiria sozinha. Mas deve ser mais fácil zangarmo-nos com o mundo e com a vida… do que acreditar que há alguém que está disposto a amar sem razão aparente.
Hoje consegui perceber a perspectiva de Deus quando ele se entristece com o facto de nós não acreditarmos Nele e que Ele nos ama. Muitas vezes vivemos a vida como se nós próprios fossemos a única solução para os nossos problemas… quanto orgulho!! Contudo, é mais fácil acreditarmos que estamos sozinhos no mundo vivendo em desespero, do que acreditar que existe alguém que nos ama e que nos pode ajudar em todas as situações porque é omnipotente.
Se acreditamos em tantas coisas que não são propriamente verdade porque é que é tão difícil aceitar a possibilidade da dádiva? Será que já ninguém acredita que ainda existe algo que possa ser de graça?
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Há 10 anos
3 comentários:
Olá!
Tá interessante, o teu post. Não percebi muito a primeira parte, mas isso é normal, porque não estou a par da situação. Houve só uma coisa que disseste que me deixou dúvidas: "se essa pessoa me tivesse pedido ajuda". Quando não sabemos que alguém está com um problema, concordo que só se a pessoa pedir é que devemos/podemos ajudar. Mas se, pelo contrário, sabemos de antemão que essa pessoa está com problemas, se temos conhecimento desse facto, então não devemos estar à espera que essa pessoa peça. Como cristãos, devemos tomar a iniciativa de ajudar, antes mesmo da pessoa pedir, tal como Deus fez, enviando Jesus por nós antes de nós nos arrependermos e correndo o risco de não nos arrepndermos e rejeitarmos a sua dádiva.
Escrevi isso com o sentido dela não estar sozinha apesar de não ser capaz de o perceber. Não se trata de uma necessidade concreta. "Pedir" aqui é no sentido de tomar consciência que não se está só...
Quando se parte do pressuposto que ninguém nos ajudará é como se estivessemos sós e tivessemos que resolver todos os nossos problemas sozinhos... aí surge o desespero e neste caso acaba por se ver todas as outras pessoas como "inimigos".
Naquele momento entristeci-me porque nem sequer me foi dada a chance. É como se me tivessem julgado á partida de uma coisa que eu sei que não iria acontecer...
Fez-me pensar na perspectiva do amor de Deus e na recusa/dificuldade em aceitar a sua existência... é como se preferissemos ficar sós quando temos alguém que se preocupa connosco de graça... :)
Percebo:) Sendo assim,faz mais sentido o que disseste.
Bj
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