sábado, 18 de agosto de 2007

sábado, 11 de agosto de 2007

Parábola do filho pródigo

  1. E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
  2. E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
  3. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente.
  4. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
  5. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
  6. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
  7. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros do meu pai têm abundância de pão, e eu, aqui, pereço de fome!
  8. Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
  9. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
  10. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
  11. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
  12. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa o melhor vestido e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e alparcas nos pés;
  13. E trazei o bezerro cevado e matai-o; e comamos e alegremo-nos;
  14. Porque este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se.
  15. E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
  16. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
  17. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
  18. Mas ele se indignou, e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele.
  19. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito, para alegrar-me com os meus amigos;
  20. Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda, com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
  21. E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas;
  22. Mas era justo alegrarmo-nos, e folgar-mos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.
Desde miúda que sempre gostei de ouvir esta passagem da Biblia. Fala principalmente sobre um filho que errou e soube reconhecer o seu erro e do amor incondicional de um pai.

Hoje em dia é muito díficil encontrar o perdão pelos nossos erros ou mesmo perdoar os outros. Muitas vezes ficam coisas por dizer e os nós na nossa garganta transformam-se em nós no nosso coração, criando becos sem saída.

É dificil entender o conceito de amor incondicional numa altura em que todos esperam algo em troca por algo que se faz. Ainda quando se oferece de coração, as pessoas estranham porque "ninguém dá nada a ninguém". Realmente, as pessoas desconfiam de tudo o que é de graça! Muitas delas acreditam mesmo que existe sempre um interesse pessoal por trás das acções de cada pessoa.

Será que nesta cultura do EU ainda é possível continuar a acreditar que existem filhos pródigos dentro de cada um de nós? E será que no fundo no nosso coração, quando postos à prova, conseguiríamos ter a atitude deste pai?